Al\u00e9m de apoiar os empreendedores de micro e pequenos neg\u00f3cios, a BluSol sabe da import\u00e2ncia de incentivar as crian\u00e7as neste segmento. Por isso, listamos sete dicas do canal Empreendedor, que apresenta atividades simples e que podem ser inclu\u00eddas no dia a dia para estimular as habilidades e atribu\u00edrem na vida pessoal e profissional de cada crian\u00e7a. Confira.<\/p>\n
V\u00e1 com as crian\u00e7as a um supermercado e diga que eles podem experimentar qualquer coisa que nunca tinham provado antes. Cada um pode trazer uma coisa diferente para colocar no carrinho. Eles se divertem pelas g\u00f4ndolas e trazem guloseimas com novos sabores. Nesta fase eles tomam gosto pela experimenta\u00e7\u00e3o. O pre\u00e7o deste aprendizado \u00e9 que eles v\u00e3o experimentar algumas coisas e n\u00e3o v\u00e3o gostar, levando a um desperd\u00edcio de dinheiro, pois jogam tudo fora. Depois que eles gostarem da brincadeira \u00e9 a vez de colocar uma regra a mais. Agora eles n\u00e3o podem mais jogar fora o que compraram. Se n\u00e3o gostaram, tem que comer at\u00e9 o fim ou a brincadeira para. Eles at\u00e9 reclamam na hora de comer, mas n\u00e3o querem parar de brincar, j\u00e1 virou um passatempo que quebra a chatice de ir ao supermercado. Assim, aprendem a ser mais criteriosos na hora da escolha. Leem o r\u00f3tulo, pensam e aprendem a usar a informa\u00e7\u00e3o para reduzir o risco da escolha errada e assim acabam criando o h\u00e1bito de experimentar o diferente. Mas lembre-se, voc\u00ea n\u00e3o pode come\u00e7ar a brincadeira j\u00e1 colocando a penalidade ou eles n\u00e3o entram no jogo. Primeiro eles t\u00eam que gostar da brincadeira para s\u00f3 depois impor uma restri\u00e7\u00e3o para aprenderem o valor do risco.<\/p>\n
A melhor forma de aprender a identificar oportunidades \u00e9 prestando aten\u00e7\u00e3o \u00e0s coisas ao seu redor. Boas oportunidades est\u00e3o em todo lugar e acontecem a qualquer momento. A maioria n\u00e3o percebe porque n\u00e3o est\u00e1 atenta. Para ajudar as crian\u00e7as a ficarem mais atentas, a brincadeira consiste em fazer perguntas sobre percep\u00e7\u00e3o do ambiente. \u00d3timo para passar o tempo em locais p\u00fablicos, como restaurantes ou filas de espera.<\/p>\n
Encontre um detalhe do ambiente e desafie-os a encontrar, coisas simples do tipo \u2018onde tem uma vela\u2019, \u2018onde est\u00e1 escrito \u2018fumar\u2019\u2019 ou \u2018encontre uma crian\u00e7a com cabelos encaracolados\u2019. Com o tempo, eles se acostumam a entrar em qualquer ambiente e logo prestar aten\u00e7\u00e3o em todos os detalhes do ambiente. Uma vari\u00e1vel desta brincadeira, em ambientes que eles j\u00e1 conhecem bem como a sua casa, \u00e9 separ\u00e1-los, mudar algum detalhe de lugar e cham\u00e1-los de volta, desafiando-os a descobrir o que voc\u00ea mudou.<\/p>\n
Pais s\u00e3o normalmente avessos \u00e0 exposi\u00e7\u00e3o dos filhos a qualquer tipo de risco. Professores e bab\u00e1s s\u00e3o menos tolerantes ainda, pois s\u00e3o respons\u00e1veis pela seguran\u00e7a das crian\u00e7as. Isso faz com que involuntariamente criemos nossas crian\u00e7as em \u2018bolhas de seguran\u00e7a\u2019 que n\u00e3o permitem que elas vivam algumas experi\u00eancias enriquecedoras. Correr um risco, desde que moderado, avaliado e controlado, sempre traz um aprendizado. O importante aqui \u00e9 que os pais se perguntem: \u2018Se algo der errado, o aprendizado decorrente do erro vai compensar o preju\u00edzo?\u2019 Em muitas situa\u00e7\u00f5es voc\u00ea pode exp\u00f4-los a um risco no qual eles sentem a adrenalina, mas voc\u00ea tem o controle. Uma vez, levando eles para a escola, eu falei que iria dirigir seguindo as orienta\u00e7\u00f5es deles. Eles \u00e9 que iriam dizer em qual rua virar e qual caminho seguir para chegar \u00e0 escola. No come\u00e7o eles adoraram ter o controle da situa\u00e7\u00e3o, mas acabamos nos perdendo e eles ficaram muito nervosos. Claro que eu sabia o caminho certo e acabei chegando a tempo na escola, mas eles nunca se esqueceram da experi\u00eancia. Tentamos mais tr\u00eas vezes depois, mas s\u00f3 na quarta eles acertaram o caminho. E celebraram muito!<\/p>\n
Esta \u00e9 a mais dif\u00edcil e n\u00e3o pode ser aplicada em qualquer idade. No come\u00e7o eles precisam entender porque existem regras e como elas nos ajudam a viver de forma civilizada e ordenada. Por\u00e9m, depois que isso \u00e9 assimilado, eles precisam entender que existe um mundo fora do quadrado e que nem todas as regras fazem sentido ou s\u00e3o necess\u00e1rias. O importante \u00e9 n\u00e3o desrespeitar as leis ou os princ\u00edpios \u00e9ticos. Fora isso, se algo n\u00e3o faz sentido, pode e deve ser questionado. Na fase da adolesc\u00eancia se pode dar vaz\u00e3o ao esp\u00edrito rebelde que se instala entre eles, dando foco e aten\u00e7\u00e3o aos seus questionamentos. Uma brincadeira que fa\u00e7o com eles \u00e9, durante uma conversa sobre um determinado assunto de interesse deles, antecipar que vou falar uma grande besteira, mas eles n\u00e3o v\u00e3o saber qual nem quando vou falar. Continuamos a conversa e, no final, eu pergunto qual foi a grande besteira que eu falei. Eles devem adivinhar e geralmente acertam. Com o tempo eu come\u00e7o a praticar isso sem avisar antes e s\u00f3 falo depois que eu falei uma besteira. Se eles aprenderam a prestar aten\u00e7\u00e3o, v\u00e3o identificar logo. Com isso v\u00e3o alimentando o seu esp\u00edrito cr\u00edtico, n\u00e3o aceitando mais passivamente tudo o que ouvem ou leem. Hoje, mesmo que eu n\u00e3o fale nenhuma besteira, eles duvidam de algumas coisas que falo, e at\u00e9 conseguem me provar que eu falei uma coisa errada mesmo! Este \u00e9 o lado ruim da hist\u00f3ria, ruim para n\u00f3s, mas \u00f3timo para a vida deles.<\/p>\n
Criatividade \u00e9 o alimento da inova\u00e7\u00e3o. Somos t\u00e3o condicionados a buscar a concord\u00e2ncia e a aceita\u00e7\u00e3o p\u00fablica que acabamos nos esquecendo do que nos torna diferentes e \u00fanicos. Todos querem ser iguais e os diferentes s\u00e3o discriminados por n\u00e3o se encaixarem nos padr\u00f5es de \u2018conformidade\u2019 impostos pela sociedade. Existem v\u00e1rias brincadeiras para estimular a criatividade e elas s\u00e3o mais efetivas quanto mais jovens forem as crian\u00e7as, pois menos amarras possuem ainda. Uma que gostava de fazer quando eles eram pequenos era o passatempo preferido nas viagens de carro. Um de n\u00f3s conta uma hist\u00f3ria e, no meio dela, interrompemos para que o outro continue e d\u00ea um novo rumo. Assim, vamos alternando, passando de uma para outra, at\u00e9 que algu\u00e9m a termine e \u00e9 claro que ela termina totalmente diferente de como foi iniciada. Outra coisa que eles se divertiam era pegar hist\u00f3rias conhecidas e invert\u00ea-las totalmente, dando novas caracter\u00edsticas aos personagens, mudando o roteiro ou imaginando novos finais inusitados e divertidos.<\/p>\n
Muitas vezes achamos que nossos filhos n\u00e3o est\u00e3o maduros o suficiente para assumirem algumas responsabilidades. Puro preconceito nosso, eles s\u00e3o mais espertos do que imaginamos. Assumir a responsabilidade de alguma coisa \u00e9 important\u00edssimo para a forma\u00e7\u00e3o deles. O exemplo cl\u00e1ssico \u00e9 ter um animal de estima\u00e7\u00e3o. O bichinho vai morrer se ele n\u00e3o cuidar, mas a responsabilidade acaba sendo t\u00e3o grande que, no final das contas, n\u00f3s \u00e9 que acabamos alimentando e cuidando. Entre uns 10 e 12 anos, uma brincadeira simples \u00e9 dar a eles a liberdade de programarem o que fazer em fam\u00edlia no domingo. A liberdade \u00e9 total e os pais v\u00e3o cumprir tudo o que eles definirem. Eles ficam muito entusiasmados e no come\u00e7o acabam se excedendo, ou com muitas atividades, ou com coisas que nem todos v\u00e3o curtir. Com o tempo, eles v\u00e3o aprendendo a escolher melhor as atividades, a se planejar para tudo dar certo, a ouvir o que as pessoas querem e a arcar com as consequ\u00eancias quando n\u00e3o acontece o que eles previram. O exerc\u00edcio da liberdade \u00e9 uma droga viciante, da qual, uma vez experimentada, n\u00e3o se pode mais viver sem. Por isso, o aprendizado seguinte \u00e9 exercer a liberdade, mas com responsabilidade.<\/p>\n
As crian\u00e7as t\u00eam iniciativas natural e espontaneamente. Tudo o que precisamos fazer \u00e9 apoi\u00e1-las e incentiv\u00e1-las. Podem ser coisas simples, como come\u00e7ar um blog ou receber os amigos para assistir um filme. Podem ser coisas maiores, como organizar um mutir\u00e3o de a\u00e7\u00e3o social ou montar uma banda. O importante \u00e9 sempre dar o primeiro passo, pois a empolga\u00e7\u00e3o cresce na mesma medida que o envolvimento na atividade. N\u00e3o critique e nem reprima, pelo menos no come\u00e7o. Se algo pode dar errado, alerte, aconselhe, mas n\u00e3o insista. Se for alguma coisa que n\u00e3o v\u00e1 gerar muito impacto e pode ser contornado, deixe acontecer e dar errado, at\u00e9 estas experi\u00eancias s\u00e3o v\u00e1lidas e \u00fateis para o aprendizado. Pesquisas indicam que os pais exercem grande influ\u00eancia na forma\u00e7\u00e3o de algumas caracter\u00edsticas empreendedoras.<\/p>\n
Fonte: http:\/\/canaldoempreendedor.com.br\/<\/a><\/p>\n <\/p>\n