A revista americana Forbes publicou, em dezembro do ano passado, um artigo do colunista John Hall falando sobre sete tendências da comunicação corporativa às quais os empresários e comunicadores devem estar atentos em 2016. Certamente o cenário dos EUA é bastante diferente do nosso quando analisamos a crise política e econômica em que nos encontramos. Porém, um olhar atento às previsões de Hall podem nortear muitas das decisões dos profissionais de comunicação daqui para o próximo ano. Com a abertura de novos canais de comunicação e as nítidas mudanças no comportamento do consumidor, é necessário estar preparado para um novo modelo, que vai tomar o lugar da comunicação corporativa habitual.
A primeira constatação da Forbes é de que não há mais espaço para o press release tradicional. Mais do que produzir e enviar releases, é fundamental tirar proveito das mídias sociais, desenvolver relacionamento de influenciadores e formadores de opinião e incorporar elementos visuais e de qualidade nas mensagens.
Hall também fala em uma tendência importante que podemos traduzir como “pensamento de liderança”. Isso significa que os líderes empresariais e as organizações devem se posicionar como líderes no espaço que ocupam. Antes de promoverem suas imagens e as mensagens de suas empresas, precisam pensar estrategicamente em todo o conteúdo que as envolve.
A amplificação do conteúdo se tornará ainda mais crítica. Com a quantidade imensa de canais que temos disponíveis hoje, o alcance de tudo o que se produz em comunicação pode fugir do controle. Por isso, é imprescindível pensar na qualidade do conteúdo que se direciona ao público.
É possível prevenir os comentários negativos por meio de conteúdo e estratégias de atendimento. Todos podem compartilhar experiências ruins para sua rede de amigos. Mas é possível evitar essas experiências negativas. Como? Sobretudo treinando a equipe para lidar com essas situações. A estratégia começa, porém, antes disso, na seleção dos candidatos. Quando se tem pessoas educadas e engajadas tratando desse tipo de problema, as chances de obter sucesso com clientes insatisfeitos é maior. O perigo maior está em ignorar esse público. Jamais se deve fazer isso.
Outro ponto importante é o gerenciamento da reputação online. Mais uma vez, entra aqui a necessidade de produção constante de conteúdo positivo e bem feito. Se a web apresenta conteúdo sólido sobre a marca ou a empresa, a chance de conquistar novos clientes ou fidelizar os já existentes é bem maior.
Número de seguidores não garante influência. Essa é mais uma tendência apontada por John Hall. Enquanto antes muitas empresas investiam dinheiro para angariar mais seguidores e fãs nas redes sociais, hoje já se tem consciência de que é mais importante ter engajamento, conquistar audiência por meio de clientes influentes, para ganhar naturalmente um público qualificado. “Concentre-se em desenvolver uma rede e construir influência entre um público segmentado e valioso para ficar à frente em 2016”, sugere Hall.
Por fim, o uso de promoções pagas e anúncios sociais continuarão a crescer em 2016, segundo as previsões da Forbes. De acordo com o relatório do “Content Marketing Institute’s 2016”, mais de 50% dos profissionais de marketing B2B usaram anúncios sociais e promoveram posts para distribuir conteúdo no ano passado. E as avaliações positivas da eficácia desses métodos tem aumentado.
Como podemos ver, a comunicação corporativa está mudando. E essa evolução passa pela capacidade de nós, comunicadores, mudarmos também.
Cristiane Soethe Zimmermann, jornalista com especialização em Gestão da Comunicação Empresarial, sócia da Presse Comunicação Empresarial.
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