Pesquisa do IBTP aponta que outros produtos do período também são comercializados com elevada carga tributária.
Já é de conhecimento de muitas famílias que a cada ano os ovos de Páscoa ficam mais caros. Mas, o que muita gente não sabe é que cerca de 39% do preço final do produto é composto por diferentes taxas, impostos e contribuições, segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), em estudo encomendado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Isso significa que em um ovo de chocolate que custa R$ 30, cerca de R$ 11,70 vão para impostos.
A contadora e especialista em tributos, Debora Correa, da Contax Contabilidade e Planejamento Tributário, alerta para outros produtos muito comercializados neste período que apresentam elevada carga tributária, conforme a pesquisa do IBPT:
- Coelhinhos de pelúcia apresentam uma carga tributária de 29,92%;
- Colomba pascal, 38,68%;
- Bacalhau importado tem 43,78% do seu preço em impostos;
- Vinhos nacionais tem carga tributária de 54,73% e importados, 69,73%;
- Já o almoço em restaurante tem impostos de 32,31%.
De acordo com Debora, a alta carga tributária nos produtos de Páscoa segue a mesma tendência à elevada tributação aplicada aos brasileiros. “Trabalhamos em média 123 dias do ano só para pagar impostos”, destaca a especialista.
Débora afirma que para o consumidor final é difícil driblar a tributação sobre os produtos. “Só é possível fugir desses custos evitando a aquisição dos ovos de Páscoa”, exemplifica.
No entanto, a especialista destaca que para as empresas é possível reduzir os recursos aplicados em tributação. “Sugiro que todas as empresas, independentemente do porte, consulte sua contabilidade ou um especialista em Direito Tributário para fazer o planejamento tributário do seu negócio. Hoje existem basicamente três regimes tributários no Brasil e saber em qual deles deve estar sua empresa pode trazer resultados financeiros positivos”, afirma Débora.
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