O futuro do livro infantil e juvenil

Tecnologias digitais não afetam o sucesso editorial impresso voltado para as crianças e jovens.

Os últimos anos se mostraram tecnológicos no Brasil e na maioria dos países do planeta. Aplicativos, redes sociais, smarthphones, tablets e tantas outras plataformas digitais avançadas e acessíveis surgiram para conquistar gerações. Mas uma dessas tecnologias parece ainda não ter sido aceita por todos. É o caso do eBook. Entre o público infantojuvenil, os livros físicos e diferenciados predominam na preferência.

De acordo com uma pesquisa realizada pela editora de livros digitais Simplíssimo Livros, em 2012 havia mais de 16 mil títulos de eBooks em português, com títulos únicos, sem repetições. Aproximadamente 80% deste número era comercializado por duas grandes livrarias do país. O que mostra que os eBooks ainda são novidades. Outra pesquisa, feita em 2012 pela Associação Nacional de Livrarias (ANL), em parceria com a GFK Brasil, apontou que apenas 27% das livrarias do Brasil comercializavam conteúdo digital, como eBooks, audioBooks, músicas e filmes para baixar.

A mesma análise da ANL revelou que 55% das livrarias brasileiras dedicavam na época mais de 50% da área de vendas para livros impressos. Outra pesquisa, também realizada pela ANL em 2012, evidenciou que a venda de livros impressos representava 56,25% do faturamento das livrarias. No caso de livros para crianças e adolescentes, os dados se repetem. Segundo a ANL, em 2011 os livros para este público representaram o segundo lugar em faturamento, perdendo somente para livros de literatura estrangeira. Além disso, os livros infantojuvenis foram os que mais cresceram em vendas em 2011.

Segundo a pedagoga Adriana P. Battisti, os livros para o público infantil e juvenil estão cada vez mais em evidência pela diferenciação no mercado. “As crianças e os adolescentes gostam do que chama a atenção, do que é colorido e possui recursos diferentes. Esses elementos são fundamentais para atrair o interesse pela leitura durante essas fases da vida”, explica. Por isso, o mercado de eBook ainda não compete com os livros impressos infantojuvenis.

Livros impressos

Um exemplo de que o impresso ainda não perdeu espaço para o digital está na Editora Vale das Letras, que desde 2002 atua com o segmento de livros infantis e juvenis e vem crescendo a cada no mercado tradicional. De acordo com o diretor, Eduardo Silva, os eBooks não influenciaram no trabalho da editora. “A venda e a produção dos nossos livros continuam em expansão. A cada mês lançamos novos títulos e todos os anos trazemos ao Brasil diversas licenças internacionais, com livros que possuem personagens já consagrados entre o nosso público”, destaca.

Eduardo Silva ressalta que todos os meios de comercialização da editora permanecem com resultados expressivos, seja através de livrarias e papelarias, e-commerce, revendedores ou porta a porta. Para o diretor da editora, o eBook chegou como uma novidade tecnológica, ganhou um público fiel, está conquistando outros adeptos, mas não deve prejudicar o mercado tradicional impresso. “Sempre haverá o leitor que prioriza o papel e o contato com o livro. No caso de crianças e adolescentes, esse contato é um dos fatores fundamentais para o interesse pela leitura, muitas vezes muito mais do que as próprias palavras. Interação que o eBook não permite que aconteça.”

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