Empresas devem se adaptar para continuar atraindo este público caso as perspectivas se confirmem.
O panorama da economia do país está mudando e a Classe C, que vinha em constante ascensão, pode sofrer queda no padrão de vida se as previsões para o segundo semestre, após Copa do Mundo e eleição, e o próximo ano, com aumento da inflação, ocorram. É hora de pensar em novos planos para e garantir que estes consumidores permaneçam sendo importantes para o sucesso dos mercados brasileiros.
De acordo com a pesquisa “Faces da Classe Média”, realizada recentemente pela Serasa Experian e pelo Instituto Data Popular, a Classe C é composta, atualmente, por 108 milhões de pessoas. Comparando com uma nação, este público equivale a 12ª nação mais populosa do planeta, à frente da Alemanha e França. Em 2013, a população da Classe Média movimentou R$ 1,17 trilhão em compras e 58% do crédito no Brasil, o que representaria a 18ª nação em consumo. Segundo os dados da análise, a maior parte desta faixa econômica está no Sudeste (43%), Nordeste (26%), Sul (15%) e Centro-Oeste e Norte (8%).
A pesquisa aponta ainda que a Classe C pretende consumir ao longo de 2014 8,5 milhões de viagens nacionais, 7,8 milhões de notebooks, 6,7 milhões de aparelhos de TV, 4,8 milhões de geladeiras, 4,5 milhões de tablets, 3,2 milhões de viagens internacionais, 3 milhões de carros e 2,5 milhões de imóveis, além de vários outros itens.
O publicitário e sócio da Free Multiagência Romeu Reichert destaca que, apesar de ocorrer o aumento no poder de compra com as futuras mudanças econômicas no país, estes consumidores tendem a continuar com as pesquisas por melhores preços, pensando no custo benefício, porém também vão optar por produtos e serviços que tenham valores agregados – os chamados produtos premium. “A Classe C se permite ter algo diferenciado, tenta ser fiel a algumas marcas, entretanto, se um concorrente a encanta, não deixa de consumir a determinada marca. É um público que está apto a experimentar”, ressalta.
Para o publicitário, neste cenário se sobressaem as mulheres, que foram para o mercado de trabalho em busca da independência e passaram a consumir mais e melhor, e os jovens, já que estão com níveis de escolaridades melhores, presentes no mercado de trabalho e passaram a colaborar com a renda de casa. Estão consumindo mais e querendo o novo, a tecnologia e as roupas “de marca”. Desejam ganhar destaque na sociedade.
Adaptações
Com as possíveis mudanças econômicas, Romeu Reichert explica que as estratégias para atrair este público deverão estar cada vez mais focadas, de maneira constante, em relacionamento e experimentação. “As marcas deverão criar um clima, um cenário que permita experiências com os clientes. Não poderá haver qualquer tipo de enganação com a Classe C, pois com o amplo acesso às informações disponíveis em todos os ambientes, seja de maneira online ou offline, se torna difícil de convencer esta parcela da população com argumentos vazios. A possibilidade de comparação dos produtos e serviços está cada vez mais acessível, e isso não terá retrocesso, pelo contrário.”
Segundo o publicitário, a comunicação – ferramenta fundamental no mundo dos negócios – terá que ser mais verdadeira e mais apaixonante. As empresas precisarão cativar ainda mais os consumidores para buscar garantir um relacionamento sério e fiel. “São chaves essenciais para não deixar que a economia mude em relação a um público tão importante. É importante que as empresas, dos mais variados ramos, se preocupem com esta futura mudança”, finaliza.
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