Mercado livre de energia alcança recorde de certificados renováveis

Crescimento de 75% nas emissões de I-RECs destaca o compromisso com práticas ESG no setor energético. 

O mercado livre de energia no Brasil atingiu um recorde importante em 2023. Ao todo, foram negociados 37,8 milhões de I-RECs, ou seja, certificados que comprovam a origem renovável da energia consumida, cerca de 75% a mais do que em 2022, quando foram registrados 21,8 milhões. Os dados são do Instituto Totum, responsável pela emissão local dos certificados. 

A Spirit Energia, empresa que atua na assessoria de contratos para o mercado livre de energia, já trabalha com a utilização desses certificados, que garantem que a energia é proveniente de fontes renováveis. De acordo com o CEO da Spirit Energia, Uberto Sprung Neto, os próprios clientes têm solicitado os I-RECs. “A compra desses certificados pode trazer rastreabilidade total da energia, permitindo identificar quem produz a energia que consumimos no dia a dia. Por isso, muitos dos nossos clientes já buscam o certificado”, revela.

Diferentemente do mercado regulado, onde a compra é feita de um único distribuidor local, no mercado livre os consumidores têm a flexibilidade para buscar alternativas que melhor atendam suas necessidades e metas estratégicas. “Os benefícios que as empresas têm ao optar por energias renováveis incluem cumprir os protocolos internacionais de incentivo à energia renovável, além de reforçar a credibilidade e sustentabilidade no mercado”, afirma Sprung.

Qual a diferença entre energias renováveis e não renováveis? 

As energias renováveis são aquelas produzidas através de recursos naturais, que são inesgotáveis ou que se regeneram rapidamente. Elas são provenientes da água,  sol,  vento, biomassa etc. Já as não renováveis incluem o petróleo, gás natural e carvão mineral. O grande impacto que as fontes renováveis apresentam em relação à energia não renovável está na questão de proporcionar mais qualidade e ajudar a diminuir o impacto das mudanças climáticas no mundo.

Quando comparados, os dois tipos de energia não apresentam grandes diferenças em seu funcionamento operacional. “A única coisa que diferencia as energias é que, no caso da renovável, paga-se um pouco a mais para obter um certificado de reconhecimento internacional. Os desempenhos são parecidos, mas claro que a fonte renovável impacta muito menos o meio ambiente”, declara Sprung. 

Práticas ESG no mercado livre de energia

Estar inserido no mercado livre de energia apresenta vantagens de várias formas, como previsibilidade e redução de custos e a livre escolha do fornecedor. Além disso, este mercado oferece energias renováveis, que atuam de forma mais sustentável e atendem à abordagem ESG. Vale ressaltar que este conceito, que em inglês significa Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança), reúne as políticas de meio ambiente, responsabilidade social e governança.

Este termo está cada vez mais presente nas empresas, e as práticas de ESG estão sendo adotadas para que as atividades realizadas nas organizações gerem o menor impacto possível ao meio ambiente, à sociedade e aos próprios gestores dos negócios. Através dos hábitos e comportamentos que integram o ESG, as corporações são positivamente impactadas em vários âmbitos, seja na redução de custos operacionais e ganhos de produtividade, na atração de investidores, na melhoria da imagem da marca e até mesmo em consumidores mais satisfeitos.

 

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