Nesta quinta-feira, 31 de maio, comemora-se em todo o mundo o Dia Mundial Sem Tabaco, que este ano debaterá o tema “Tabagismo e Doenças do Coração”. Criada pela Organização da Saúde (OMS) em 1987, a data tem como objetivo alertar os riscos à saúde ligados ao tabaco e promover políticas públicas eficazes para reduzir o consumo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), mais de 250 mil pessoas morreram no Brasil em 2015 por causas relacionadas ao tabaco. Em todo o mundo, esse o número já passa de sete milhões.
Doenças comuns
De acordo com o pneumologista da Unimed Blumenau, Dr. Eduardo Menezes Lopes, o tabagismo causa inúmeras doenças, como o enfisema, bronquite crônica e câncer de pulmão, comuns em pessoas fumantes. No entanto, o cigarro também deixa estragos em outras partes do corpo além dos pulmões, pois suas substâncias tóxicas se espalham por todo o organismo. “Como já diz o tema deste ano, o cigarro também é um grande causador de doenças cardíacas. Na hora que o cigarro é tragado, ele é absorvido pela corrente sanguínea e se espalha pelo organismo. Então ele acomete os vasos sanguíneos, forma lesões vasculares e diminui o fluxo sanguíneo, aumentando a ocorrência de infartos, derrames, entre outras doenças”, explica. Além disso, o especialista alerta que o cigarro também pode causar câncer de rim, bexiga, estômago e até de boca.
Efeitos no pulmão
Além da nicotina – que causa dependência – dentro do cigarro existem mais de quatro mil tipos de substâncias tóxicas, que causam efeitos nocivos por onde passam. Segundo o pneumologista da Unimed Blumenau, o pulmão e as vias aéreas foram desenvolvidas para respirar ar puro. Portanto, quando o ar é carregado de toxinas, o corpo sofre uma série de consequências. “Essas consequências vão desde a inflamação do tecido pulmonar, até a irritação das estruturas das vias aéreas, estruturas brônquias e estruturas alveolares. Com o passar do tempo, se a pessoa continua fumando, as lesões são irreversíveis”, comenta.
Perigos para não fumantes
Não fumantes também podem desenvolver as mesmas doenças que fumantes. De acordo com o Inca, o fumo passivo foi a causa de morte de mais de 17 mil pessoas em 2015 no Brasil. Para o Dr. Lopes, quem convive com tabagistas tem riscos muito maiores de apresentar doenças pulmonares ou cardiovasculares. “É claro que quando a pessoa fuma passivamente ela tem uma carga menor de cigarro. Mas já está muito bem documentado que quem convive com fumantes tem também o risco maior de adoecer”, declara.
Grupos de risco
Todos os fumantes, independente do tempo ou quantidade que fumam, estão sujeitos às doenças relacionadas ao tabagismo. O pneumologista afirma que não existe um nível seguro, principalmente para a ocorrência de câncer. “Quanto mais se fuma, em termos de quantidade, e quanto mais tempo, maior o risco. Mas isso é muito individual, há pessoas que fumam menos e adoecem e outras que parecem imunes aos malefícios do cigarro. Às veze uma carga pequena, em alguém que tenha predisposição, já é o suficiente para desencadear um problema”.
Como parar de fumar
O especialista declara que parar de fumar é algo extremamente difícil, por conta da dependência psíquica que a nicotina traz. Recomenda-se que o fumante faça uma avaliação médica e procure ajuda, pois passar por esse processo sozinho pode ser muito complicado. “Sozinho é muito difícil, não que não seja possível, mas a pessoa tem que querer parar. A partir do momento que ela quer, a ajuda médica pode fazer a diferença. A gente consegue através de conselhos, dicas e medicamentos, fazer com que esse processo seja bem mais tranquilo”, esclarece o pneumologista.
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