O tipo de rolha pode fazer toda a diferença na preservação dele.
Você já parou pra pensar em como uma coisa tão pequena pode ser tão importante? As rolhas são tão importantes quanto o próprio vinho dentro da garrafa, isso porque são elas que irão garantir a qualidade do vinho que chega a sua taça depois de engarrafados.
Se ao abrir um vinho e o seu primeiro gole tiver um gosto avinagrado, existe uma possibilidade da culpa disso ser da rolha com que a sua bebida foi embalada, como explica Sidney Lucas Sommelier da Decanter de Blumenau. “O tipo de rolha com que o vinho é selado pode fazer toda a diferença no sabor final dele. Isso porque se a bebida não for fechada com o tipo de rolha certo, pode acabar sofrendo alterações e resultar em algo diferente do esperado.”
Há quem diga que tirar a rolha com um saca rolhas da garrafa é quase um ritual que deve ser cumprido sempre, para completar o prazer de saborear um bom vinho. Porém, isso é algo que para muitos rótulos já não é mais possível, porque hoje não se usa apenas rolhas para se tampar as garrafas. Estas novas maneiras de fechar hermeticamente as garrafas foram surgindo no mercado ao longo dos anos para resolver o problema de escassez da cortiça e também reduzir custos ou melhorar a conservação dos mesmos.
Entre os tipos de vedação que uma garrafa de vinho pode ter, Lucas destaca os seis mais conhecidos e que são utilizados na maior parte das garrafas: a rolha de cortiça, de aglomerado de cortiça, a de espumante (sim, elas são diferentes das tradicionais rolhas de vinhos), a sintética, a de rosca e a menos conhecida, mas que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado dos vinhos, a de vidro.
Rolhas de cortiça
A mais conhecida de todas, é a rolha tradicional de cortiça. Ela é usada para vedar vinhos desde o século XVII. Ela é feita de um material natural extraído de uma árvore da família dos carvalhos, o sobreiro. Esse tipo de rolha evita que o oxigênio em excesso entre em contato com vinho no interior da garrafa, o que a longo prazo, esse fator influencia positivamente o vinho, que envelhece de maneira mais saudável. Esse tipo de rolha, pode ser comumente encontrada em vinhos com grande potencial de guarda, pois conseguem vedar bem a garrafa sem que a bebida seja prejudicada.
Rolha de aglomerado de cortiça
Essa, também feita de cortiça, porém a partir de pequenos pedaços unidos por uma cola especial, é um tipo mais barato de produção e material, já que é feita de cortiça moída. Às vezes, a cola pode interferir no aroma dos vinhos, mas para que isso não aconteça, muitos produtores adicionam uma superfície de cortiça maciça no local onde a rolha entra em contato com o vinho. Esse tipo de rolha é mais utilizado em vinhos para consumo jovem. Isso porque permitem uma maior passagem de ar quando comparadas às maciças, podendo acelerar um possível processo de oxidação.
Rolha de espumante
A rolha de espumante, ao contrário do que pensam, é perfeitamente cilíndrica e adquire o formato semelhante a um cogumelo ao longo do período em que permanece no gargalo da garrafa. A parte superior é constituída por cortiça aglomerada e a inferior, que faz contato com o líquido geralmente é composta por dois discos de cortiça maciça. A rolha tem diâmetro bem maior para impedir a passagem de oxigênio e também para evitar a perda do gás carbônico que está no interior da garrafa.
Rolha sintética
Utilizada com uma alternativa às rolhas de cortiça, a rolha sintética chegou ao mercado no começo dos anos noventa. Mais acessíveis e não vulneráveis à contaminação por TCA (tipo de fungo que era gerado pela cortiça), elas são feitas de plástico e permitem que o vinho seja armazenado em pé, pois não permitem a passagem de oxigênio para o interior das garrafas. Cerca de 20% das garrafas comercializadas mundialmente, são vedadas com esse tipo de rolha. O tempo de conservação e a vedação proporcionados pelas rolhas sintéticas ainda não são comprovados. A grande desvantagem desse método é que não se trata de algo reciclável e nem biodegradável, como os demais tipos de rolha.
Tampa de rosca
Também conhecida como “screw cap”, a tampa de rosca trata-se de uma tampa metálica de rosca e sua parte interna é coberta com plástico para que o vinho não sofra influência do metal. A vantagem dela, além do baixo custo de produção, é a facilidade de manuseio, e o fato dela ser reciclável e, assim como a sintética, não é vulnerável à contaminação por TCA. No entanto, carecem estudos de sua aplicação a longo prazo em vinhos de guarda. Apesar de sofrer muito preconceito, é uma tampa muito eficiente e diminui para quase zero o risco de contaminação por fungos e bactérias.
Rolha de vidro
Sendo a menos comum e conhecida de todos os tipos, as rolhas de vidro, começaram a ser fabricadas nos anos 2000. Elas são totalmente inertes, evitando interferências no aroma e no sabor do vinho. Sua vedação é feita por meio de um anel de silicone, impedindo que o vinho entre em contato com o oxigênio, o que também evita contaminação por TCA. É uma tendência crescente, principalmente para os vinhos jovens.
Agora que você já conhece os principais tipos de rolha e sabe o valor que elas têm principalmente para conservação dos vinhos, é só escolher o seu rótulo favorito e apreciá-lo da forma que mais gostar.
Decanter
Uma das maiores e mais destacadas importadoras de vinhos do Brasil, a Decanter foi eleita a Importadora do Ano, na edição anual de vinhos da revista Gula. Fundada em Blumenau, em 1997, conta com mais de 50 distribuidores por todo o país, além da rede de Enotecas Decanter. Seriedade, respeito ao cliente e uma política de preços convidativos têm sido alguns dos suportes desse crescimento. No entanto, é a esmerada seleção de vinhos que dá corpo à empresa.
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