Como o excesso de peso pode afetar os problemas de coluna

Especialista alerta sobre os impactos da obesidade para a coluna vertebral e informa possíveis tratamentos com procedimentos minimamente invasivos.

Com a pandemia da Covid-19 muitas pessoas optaram por trabalhar remotamente. Com isso, má alimentação, má postura, sedentarismo e outras alterações de rotina podem ocasionar dor e muitas vezes, problemas de coluna. Uma pesquisa recente do IBGE aponta que mais de 20% da população sofre com problemas crônicos na coluna vertebral.

A obesidade, considerada outra vilã, atinge boa parte da população brasileira, 61,7% das pessoas estão acima do peso, segundo dados do IBGE. O debate sobre os impactos que a obesidade causa no corpo humano é frequente. As consequências podem ser inúmeros outros problemas, como diabetes tipo 2, aumento de triglicérides, colesterol, pressão alta e o surgimento de doenças cardiovasculares.

O que também vem chamando atenção dos médicos são os problemas de coluna causados pelo excesso de peso. A neurocirurgiã, Danielle de Lara, destaca que os danos causados pela obesidade para coluna vertebral são graves, porém, pouco divulgados. “Estudos feitos atualmente nos Estados Unidos, país com maior índice de obesidade, apontam que o excesso de peso causa desalinhamento da coluna, não permitindo que a coluna distribua de forma equilibrada a massa corporal, causando desgaste e problemas graves”, explica.

A médica afirma que alguns desses problemas podem ser tratados com procedimentos minimamente invasivos. “Com o avanço das técnicas minimamente invasivas, diversos problemas de coluna podem ser tratados sem a necessidade de cirurgia aberta ou através de cirurgias menores e/ou menos agressivas. O bloqueio facetário é um destes procedimentos que pode contribuir para a melhora dos sintomas sem a necessidade de cortes ou mesmo de internação”, informa.

A neurocirurgiã ainda esclarece que procedimentos minimamente invasivos são geralmente realizados com o paciente sob sedação consciente e anestesia local. “É seguro e raramente observam-se efeitos colaterais”, afirma. A indicação do procedimento deve ser feita sempre por um especialista neurocirurgião ou cirurgião de coluna.

Sobre Danielle de Lara

Médica Neurocirurgiã em atividade na cidade de Blumenau (SC). Atua principalmente na área de cirurgia endoscópica endonasal e cirurgia de hipófise. Dois anos de Research Fellowship no departamento de “Minimally Invasive Skull Base Surgery” em “The Ohio State University Medical Center”, Ohio, EUA. Graduada em Medicina pela Universidade Regional de Blumenau. Possui formação em Neurocirurgia pelo serviço de Cirurgia Neurológica do Hospital Santa Isabel.

 

 

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