A questão central da previdência

Em tempos de reforma da previdência, a estridência dos discursos antagônicos vem ocupando parte relevante do debate, obstaculizando o entendimento sobre a previdência e seus desdobramentos.

A primeira questão sobre a aposentação diz respeito ao seu modelo de financiamento. Podemos ter um modelo de capitalização individual, no qual as pessoas poupam e usufruem na época que precisarem; ou o modelo adotado hoje, um sistema de compartilhamento com transferência de parte dos proventos dos ativos, que formam o fundo que financia a renda dos inativos.

A segunda questão é sobre haver classes diferenciadas pela natureza mais ou menos insalubre do trabalho desempenhado. A legislação traz inúmeras diferenciações, notadamente para os servidores públicos. A maior parte do debate concentra-se nesta arena, já que como estamos mudando as regras do jogo e não começando do zero, as escolhas feitas terão perdedores. E serão os integrantes da alta camada estatal os maiores atingidos.

A terceira questão é a avaliação da pirâmide etária brasileira e como será o país em termos demográficos daqui a 50 anos. A forma gráfica piramidal da nossa população, aos poucos, está sendo substituída, onde teremos grande parte da população sexagenária e uma camada menor de jovens e adultos. Diferentemente do que se debate, não é a expectativa de vida a variável chave, mas a expectativa de sobrevida – quantos anos em média vive o brasileiro contribuinte depois dos 60 anos.

O pano de fundo que permeia essa teia de questões, números e tendências reside em definirmos o que significa aposentar-se. E isso mudou nas últimas décadas.

A aposentadoria é um recurso a fim de continuarmos nossa existência de modo digno quando não conseguirmos mais produzir. Ela tem relação orgânica com o labor humano. A aposentadoria perde seu propósito quando, em determinadas situações, as pessoas param de trabalhar e ainda têm um tempo útil de vida. Essa lacuna se expressa em desequilíbrios financeiros, que são os sintomas econômicos das formas que a sociedade entende a aposentação. Essa é a grande questão da previdência. E nos debates, essa discussão não é empreendida.

Sobre a Interinvest Investimentos
A Interinvest Investimentos é uma administradora de investimentos, independente, fundada em 2007, com sede Blumenau/SC e filial em Florianópolis/SC, dedicada a gerir investimentos no Brasil para fundos de pensão. Atua na gestão de carteira de investidores qualificados e Family Offices.
* O autor é graduado em Economia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), especialista em Finanças e Controladoria pelo Instituto Nacional de Pós-Graduação (INPG) e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional pela Universidade Regional de Blumenau (PPGDR-FURB). É economista da Interinvest Investimentos, de Blumenau/SC.

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