Especialista aponta alguns sinais de alerta e explica quais os tipos de derrames cerebrais
Atualmente, uma das principais causas de mortalidade e sequelas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, é o acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente por derrame cerebral. Estima-se que cerca de 100 mil pessoas por ano venham a óbito por conta da doença.
O AVC não apresenta sinais antes de acontecer e pode ser súbito, por isto é fundamental estar atento aos sintomas para evitar o risco de sequelas.
Segundo a neurocirurgiã, Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC), a doença pode ser evitada adotando um bom estilo de vida e uma alimentação balanceada.
De acordo com a especialista, o AVC ocorre a partir da alteração do fluxo de sangue ao cérebro e, entre os principais fatores de risco, estão a hipertensão arterial descontrolada, diabetes, sedentarismo, obesidade e colesterol alto.
Há dois tipos de derrames cerebrais que ocorrem com mais frequência, são eles:
– Acidente Vascular Isquêmico – Ocorre quando há interrupção do sangue que chega ao cérebro, provocada pela obstrução dos vasos sanguíneos.
– Acidente Vascular Hemorrágico – ocorre quando há a ruptura de uma artéria ou veia no cérebrao, causando hemorragia dentro do tecido cerebral.
“Vale lembrar que o derrame cerebral é súbito, porém na maioria dos casos é possível identificar alguns sinais de alerta, como, dificuldades de fala, fraqueza em um dos lados do corpo, perda de equilíbrio e dor de cabeça súbita, que indicarão a necessidade de procurar por ajuda médica”, alerta a especialista.
Pessoas de todas as idades podem sofrer um AVC, porém, o risco aumenta para os idosos. De acordo com o Ministério da Saúde, o aparecimento da doença em pessoas mais jovens está mais associado a alterações genéticas, e mais recentemente, ao aumento da obesidade nesse perfil de pessoas.
Caso algum sintoma seja identificado, a neurocirurgiã destaca que é primordial procurar imediatamente um serviço médico especializado, pois o atendimento rápido é fundamental para a sobrevivência e recuperação do paciente.
Por meio de exames específicos, é possível identificar a área do cérebro afetada, o tipo de derrame cerebral e, em alguns casos, utilizar de medicamentos ou até mesmo cirurgia de emergência para desobstruir o vaso sanguíneo prejudicado. “Na maioria dos casos, os pacientes sobrevivem, mas têm que lidar com as sequelas da doença – que comprometem aqualidade de vida e a capacidade de viver de forma independente. A paralisia completa de um lado do corpo, ou a fraqueza, são as sequelas mais comuns”, finaliza.
Sobre Danielle de Lara
Médica Neurocirurgiã em atividade na cidade de Blumenau (SC). Atua principalmente na área de cirurgia endoscópica endonasal e cirurgia de hipófise. Dois anos de Research Fellowship no departamento de “MinimallyInvasiveSkull Base Surgery” em “The Ohio StateUniversity MedicalCenter”, Ohio, EUA. Graduada em Medicina pela Universidade Regional de Blumenau. Possui formação em Neurocirurgia pelo serviço de Cirurgia Neurológica do Hospital Santa Isabel.
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